Aposentadoria do INSS terá um novo índice de reajuste

Advogado de Direito Previdenciário no Rio de Janeiro (RJ) divulga notícia sobre novo índice de reajuste da aposentadoria do INSS

Em troca do veto à MP 672, governo estuda substituir INPC na correção de benefício acima do piso

Brasília – O índice de correção das aposentadorias e pensões do INSS acima do salário mínimo (R$ 788) será substituído por outro indicador de inflação. O governo estuda trocar o que é usado hoje — o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) — pelo Índice de Preços ao Consumidor — Classe 1 (IPC-C1) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A mudança viria em função do possível veto da presidenta Dilma Rousseff à MP 672 que prorroga a política de valorização do mínimo. A MP estende ainda a correção do piso a todos os aposentados, independente do valor do benefício.

Dilma tem até a próxima quarta-feira para vetar ou sancionar a medida aprovada pelo Senado. Atualmente, mais de nove milhões de segurados ganham acima do mínimo no país.

A mudança é analisada como forma de compensar novo desgaste do governo ao vetar o reajuste igual a todos os segurados do INSS e provocar mais a insatisfação dos aposentados. O argumento do governo para fazer a alteração seria de que o novo índice reflete com mais precisão a inflação para o perfil de renda dos aposentados do INSS.

O IPC-C1 reflete a oscilação de preços para famílias que ganham entre um salário mínimo (R$ 788) e dois pisos e meios (R$1.970), enquanto o INPC é mais abrangente. O índice do IBGE leva em conta a renda das famílias que recebem de um a até seis mínimos (R$4.728).

Comparando um índice com o outro, o acumulado do IPC-C1 está neste momento maior do que o do INPC. Entre janeiro e junho deste ano, por exemplo, o indicador da FGV registrou alta de 7,01%, enquanto o INPC ficou em 6,8%. Mas ao relacionar o índice que passaria a corrigir as aposentadorias com a regra do aumento do salário mínimo (INPC mais a variação do PIB) haveria diferença. A previsão é que a correção do piso nacional em janeiro do ano que vem vai atingir 8,5%, devido ao aumento real.

Procurado pelo DIA sobre a proposta de mudança, o Ministério da Previdência informou que não iria se pronunciar sobre o assunto. A pasta aguarda a decisão final da presidenta Dilma sobre a sanção ou o veto à MP 672 que estende o reajuste a todos os segurados.

Governo avalia outras possibilidades

A troca de indicadores é uma das propostas em análise pelo governo para tentar amenizar a decisão da presidenta Dilma Rousseff pelo veto da extensão do aumento do salário mínimo a todos os aposentados do INSS. Outra possibilidade em questão, conforme o DIA noticiou no dia 10 deste mês, é a alternativa para conceder aumento real a segurados que ganham acima do piso nacional usando recursos da taxação de grandes fortunas no país.

A proposta para criar impostos para os mais ricos resultaria em arrecadação extra de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões. A medida é polêmica até mesmo entre a equipe econômica.

Dilma já externou a intenção de apresentar proposta em troca da emenda que estende o mesmo aumento a todos os aposentados, assim como fez com o fator previdenciário e o Código Florestal.

Proposta de troca recebe duras críticas

A ideia de mexer na fórmula de reajuste adotando um outro índice de correção foi duramente criticada pelos trabalhadores. Em nota, a Força Sindical informou ontem ser contrária ao que considera uma “tentativa do governo de, mais uma vez, prejudicar os aposentados trocando o índice de inflação utilizado para a correção dos benefícios”.

Para a central, “o resultado do INPC mais o PIB garante reajuste maior aos aposentados se comparado com o IPC-C1” e que “defende a extensão dos reajustes do salário mínimo para todos os aposentados do INSS, conforme emenda à Medida Provisória 672/15”.

Na avaliação do governo, sancionar a MP 672, como foi aprovada pelo Senado, representará a inviabilização das contas da Previdência Social. Segundo o ministério, o impacto do aumento igual para os 32 milhões de segurados do INSS provocará despesas de R$322,6 milhões em 2016, quando o reajuste pela regra do mínimo valerá para todos, caso a presidenta Dilma Rousseff não vete a medida até a próxima quarta-feira.

O ministério afirmou ainda que entre 2016 e 2018 o impacto seria de R$ 3,361 bilhões. E que entre o ano que vem 2019, a folha de pagamento teria que arcar com mais R$11,064 bilhões.

Fonte: O Dia Online

Tags: Direito Previdenciário, Aposentadoria do INSS, Novo Índice de Reajuste, Advogado de Direito Previdenciário RJ, Advogado de Direito Previdenciário no Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Salari Advogados

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Dr. Rodrigo Costa

Sócio-fundador do escritório Salari Advogados; delegado de prerrogativas e membro do Comitê de Celeridade Processual da OAB/RJ; especialista em Direito Público e Privado pela Cândido Mendes; advogado colunista e convidado da rádio Bandeirantes - Bandnews; membro efetivo e convidado do programa de rádio e websérie Direitos e Deveres; colunista e especialista em Direito, convidado dos jornais O Globo e Extra.

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